27 Agosto, 2021

A selecção inclusiva, porta de entrada ao talento

A diversidade faz parte da maneira natural da nossa organização, mas o caminho para a inclusão nem sempre é fácil nem está livre de obstáculos. Muitas das barreiras que existem à hora de aproveitar todo o potencial da diversidade estão nos próprios departamentos de recursos humanos, ponto de entrada do talento da nossa organização. A vossa organização está a ser inclusiva nos processos de selecção? Ou será que fica no 92% das empresas que o não pode garantir*? 

Uma selecção inclusiva é aquela que prescinde de etiquetas para as personas (idade, deficiência, género…) ou melhor, de tudo aquilo que é “visível” e que estaria na ponta do iceberg.  

Frequentemente, no momento da entrevista, surgem diferentes barreiras, muitas delas relacionadas com o desconhecimento e os prejuízos, fatores que nos geram medo e nos alertam. Com certeza, algúns mitos respeito à deficiência não ajudam a dissolver estes temores: 

  • “Têm uma taxa de absentismo mais alta” 
  • “Só podem fazer um trabalho básico não qualificado” 
  • “Não são tão produtivos como os seus companheiros de trabalho” 
  • “Custam mais a recrutar, capacitar e empregar” 
  • “Reduzem a produtividade dos seus companheiros de trabalho” 

Porém, quando aprofundamos na verdadeira diversidade da pessoa candidata, aquela relacionada com as suas habilidades, formação ou experiência, é que percebemos que essa é a que fornece um valor diferencial à nossa empresa. Não adotar uma visão que inclua todas as suas dimensões, que valore a riqueza das suas diferências e, consequentemente, a sua unicidade, não é uma questão de insolidariedade, mas de custo de oportunidade para a organização.  

No seu caminho para a plena inclusão, as empresas devem aproximar-se antes de mais nada à deficiencia e à maneira de a normalizar. Depois deste primeiro passo, desde a Fundação Eurofirms ajudamos a identificar as possíveis barreiras, tais como os prejuízos ou a influência dos vieses. O nosso propósito é adotar uma visão inclusiva e respeitosa, situando à pessoa no centro, e evitando atitudes de superproteção e de paternalismo; um enfoque dirigido a fomentar a autonomia das pessoas com deficiência.  

Um dos aspectos essenciais é acompanhar às pessoas responsáveis dos recursos humanos a gerirem a deficiência nas diferentes etapas do proceso de selecção, não só na fase previa prévia da atração, mas também no proceso de selecção e no posterior ciclo de vida na organização. 

Oferecemos as ferramentas necessárias para aproveitar todo o talento diverso que está a bater à tua porta, será que te podemos acompanhar? 


Irene Martínez
Development Consultant | Fundación Eurofirms